quarta-feira, 14 de julho de 2010

SP13071021300312017031

hoje eu me despedi de você ardente de tanta palidez, imóvel. eis o momento que nunca vivi. talvez o seu mundo onde nunca estive. só provei do teu veneno, e confesso que quis me encontrar com alguns dos teus monstros. a leoa me arrastaria daqui agora direto para aqueles lábios... mas você me olhou pouco rápido quebrou todos os candelabros. agora eu sou ignorante apenas exausta,
exausta.

vou correr a noite inteira, até que sua memória vire pó. tão valioso como a lua clareou seu rosto, dois olhos pequenos tremendo ao fixar-me em sua frente. querer assustadoramente aquela temperatura...
inexorável!
quanta arrogância!
desejos imaturos. não existe mais nada entre nós. preciso: GRITAR. seu silêncio me fere. suas respirações fisgam minha pele. me perdi entre as duas aspas que desenham suas costas.
"

sábado, 3 de julho de 2010

2606102000

estiquei o lençol da cama, bem firme. guardei as pontas para dentro da cama e estiquei a manta de retalhos. nag champa. aquele cheiro que sempre se misturava ao cheiro do nosso amor. o som alto enquanto fazíamos almoço e você chamando sua mãe pra ver como eu fazia o arroz. que pretensão a sua, e a minha de invadir aquela cozinha. ainda me arriscava a cantar enquanto as coisas iam ficando prontas no fogão. me posicionar frente aquela sacada e ver as pessoas com sacolas andando na rua. lá eu nunca me esquecia do céu. duas ou três almofadas, seus cabelos no meu colo, sorriso sarcástico. o que será feito do amor antigo? você que inventou o pecado, esqueceu-se de inventar o perdão. a rosa é tão pequena em vista a um prédio. a saudade é sempre grande diante dos dias.