terça-feira, 5 de abril de 2011

diz muito.

abril: um mês nada doce de recordar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Tomei muita chuva.
Ela disse, segurando seu vestido de lado e escondendo os pés respingados de terra.
Eu preferi não arriscar! Minha garganta estava inflamada semana passada.
Ele respondeu, com um copo de cerveja gelada na mão e os cabelos molhados. (risos)
Eu não sei se fico, ou se vou até lá para ouvir mais de perto.
Ela disse, olhando com olhos de tédio.
Se você disser que sim, podemos atravessar a rua correndo e procurar algum guarda chuva que a gente conheça por ali.
Ele respondeu, com um sorriso convidativo de quem queria sim se arriscar.

Fotos de pingos que batiam no chão e espirravam em seus pés.

Cuidado com o carro!
Ele disse.

Ela correu alguns passos e sorriu.
A tarde ia. O FIM de tarde ia.
Cuida de mim.
Ela disse medrosamente. (mas queria muito)
A LÁGRIMA
DILATA O TEMPO

.

O TEMPO
AFOGA AS LÁGRIMAS

auge

Gosto quando me sinto assim.
Ela disse.
Assim como?
Ele perguntou.
Não sei onde termina a minha perna, e onde começa a sua...
Ela respondeu, com a voz tímida. (tinha medo de falar aquilo)
Bonito isso. Como se fosse uma mesma "carne"...
Ele respondeu, seu coração acelerou muito.

Ela sabia. Sua cabeça estava encostada no peito dele, e seus ouvidos descobriram tudo!

diálogo? ela se perguntou.

Dói alguma coisa em você hoje?
Ela perguntou, com a pele mais rosada que ultimamente.
Dói muita coisa.
Ela respondeu, com os olhos ressecados.
Eu odeio meu silêncio.
Ela disse.
Seu silêncio com ele?
Ela perguntou.
Não. Meu silêncio comigo.
Ela respondeu.

Chovia o dia todo. Durante vários momentos ela amou muito. Definitivamente ela não sabia porque amava tanto aquelas pessoas, umas que ficavam, outras que passavam rapidamente.