quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

vejo seu sorriso
em momentos tão improváveis
cê pinta assim
no instante em que o nada chega
movimenta o meu silêncio
revira o meu sonho
cê mexe comigo

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

será que eu consigo
sentir com sossego
amor sem paixão
mais um silêncio
hoje eu sei que não devo me dar ouvidos
aquelas cenas de mão no telefone
disca número e desliga
fuma café e toma cigarro
uma vida tão cheia
no silêncio
tão vazia
eu entendi
eu me lembrei muito
não se brinca com esse negócio
de olhar
desejo se realiza
vontades chegam em horas erradas
coisa louca de querer falar no ouvido
e de rir muito
pensar em limites?
já se sabe o fim em certos começos
engraçado.
e se eu disser que tá muito confuso,
e que vc faz parte disso
qual a solução?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim. (Vander Lee)
o amor,
quando existe amor,
existe morte?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

penso nos impossíveis
meus olhos seguem todos os movimentos
o filme passa
ligo o som
canto e danço
olho fixamente para os meus pés
eles me transportam para dentro da minha vida
eles percorrem meus sentimentos
meus pés.
é que muitas vezes eu tenho medo
o que eu mal imagino é o sentido de hoje, amanhã e depois
já me perguntei várias vezes:
o tempo se conta em que?
eu uso um calendário diferente
é desconfortável sentir passado
dói
fazia tempo que eu não enxergava amor assim
quando falta amor de amor
a gente enxerga carinho no livro
na sombra
é que agora agora deu vontade louca de sentir pele
chorar e contar respiração
é domingo. é silêncio.
queria por os pés no asfalto molhado
ficar no meio da rua coberta de neblina
aqui do alto eu rasgo o peito
buscando vida
buscando chance
volto ao gole de coisa quente
pra juntar-se a mim
me chama de Ana
agora
eu me repito coisas tão absurdas
eu tenho muito respeito pelo que vive dentro de mim
preciso refazer o sono e o sonho
viver morrida em noites silenciosas como essa
me assusta

sábado, 3 de janeiro de 2009

um gole de vinho
let it be
eu e a liberdade
debaixo da chuva
cobertas de solidão

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

na minha perfeccionista memória
reprizei toda vida
ainda não estou pronta pra me livrar "dela"
adentro todas as águas
com a boca aberta à diversos sabores
avesso da pele, poros arrancados de mim denunciando cada pensamento
nasci e morri nesse instante
sou lágrima caindo no canto do sorriso no rosto sem muita expressão
ontem eu articulava com toda segurança e risadas altas
alheia a qualquer lembrança
hoje eu acordei com as feridas abertas, semblante triste
assumi minha imagem no espelho
eu amo minhas dores e todas as culpas que carrego
adentrei noites falando delas e indo ao encontro de qualquer caminho que me deixasse ainda pior. Mas eu também amo minha natureza, meus defeitos
espírito de luz, já sorri pisando na grama e contando estrelas
te convido a ficar em mim
me pintar uma estrela
ouvir minha voz fina
te convido a voltar-se pra mim como uma rosa única
aquela com uma cor que surpreende os olhos
ando pensando só em torno de mim
mas faço pelos outros
EU
o coração bate e me lembra que há vida
atravesso as última noites longe de mim
deito
me despeço
e só volto quando amanhece
meu exagero de sentir é tanto
que corro
grito
sufoco
queria uma sinfonia
mas só escuto violões desafinados latejando notas nos meus pensamentos
de longe eu escuto aquela canção no piano
sonhei que ganhava todas as dores do mundo
DENOVO NÃO
eu improviso uma vida
já descobri de que é feito meu coração
quero que seu perdão caia sobre mim, sem me tocar.
eu improviso uma vida
eu não sei usar sentimentos
eu sou sangue escorrendo das veias