domingo, 11 de setembro de 2011

o relógio, a geladeira e um coração

eu sempre tenho tantas pessoas dentro de mim
em algumas madrugadas
minha memória parece um filme
eu me repito (parece)
o passado parece quase sempre um estranho
acho que a gente devia ter o poder de nos observar
como se fossemos um estranho qualquer pelas ruas
quase sempre que eu durmo
eu sinto que me observo
só não sei se acontece
mesmo
o tempo tá dilatado
muito
é uma sensação curiosa, diria
essa mania de assistir meu filme
uma espécie de loucura silenciosa
o relógio, a geladeira e um coração
no espaço desses pensamentos
...
é como guardar esses sonhos
que acontecem nessas caminhadas
durante a noite
essas do quarto até a sacada
ou a cozinha
sei lá

7 comentários:

Velharia disse...

muito bom... parbens e tudo de bom nessa vida. p.s: posso gravar o audio dessa poesia?

Ana Zumpano disse...

saudades sempreee!
mas é uma honra, um elogio da sua pessoa...
pode usar e abusar, depois me conta oq que virou!
beijo

Tiago Éric de Abreu disse...

"como se fôssemos um estranho qualquer pelas ruas" - engraçado ter essa sensação...
realmente, o "tempo tá dilatado" -
eu também tenho "tantas pessoas dentro de mim"...

Velharia disse...

Ana, se precisar fazer um som dá um toque: 8872-1538. Tudo de bom pra ti Ass: Leon

Vinicius Veronese disse...

Salve Zumpano. Como disse vamos compartilhar. Leio sempre seus textos, como de costume a sua sensibilidade poetica ultrapassa as linhas traçadas com a tinta.

Beijos. a gente se lê por ai.

Vinicius Veronese disse...

Salve Zumpano. Como disse vamos compartilhar. Leio sempre seus textos, como de costume a sua sensibilidade poetica ultrapassa as linhas traçadas com a tinta.

Beijos. a gente se lê por ai.

Bárbara M.P. disse...

Bonequinha, que saudade de te ler!