quarta-feira, 16 de setembro de 2009

1609092202

me deito com meu silêncio
faço amor com minha solidão
sofro
mas me descubro
gosto do gosto azedo
dessa descoberta
me descubro
na cama semi descoberta
sinto o gosto do sal:
é inevitável...

4 comentários:

thiago di guerra disse...

Ainda bem que o frio faz esquecer...e a brisa gelada do artico leva os fantasmas e fazem-nos queimar abaixo do equador. Viram pó.
Não mais manta..não mais nada.
O frio mata a memoria...a ausencia já é rastro de pensamento.
Outro dia..outra flor é plantada..e nem o frio, e nem o inverno podem acabar com o que é verdadeiro e bunito.
Procê Amormeu.

thiago di guerra disse...

AFF...AI.
QUE DOR NO MEU PEITO...DILACERA E RASGA MINHA ALMA. CHORO. CHORO. LAGRIMAS DE SAL...SOLIDÃO EM GOTAS. CRIAM RANHURAS NA MINHA FACE...CORREM NA VAZÃO DE MINHA DOR.
LEMBRANÇAS DE TI.
CORRO.
FICO.
VOO.
VOLTO...
QUERO TUA SOLIDÃO EM MIM..NO MEU PEITO QUENTE DE AMOR LEVE E INTENSO.
TEAMONEGUINHA.

Anônimo disse...

Vou te contar uma coisa: tenho medo de estar só. Não é que seja essencial ter alguém ao meu lado, mas é que, sozinha, minha presença pesa e incomoda: eu não sou. Não sei ser. No silêncio, ouço meus gritos calados de dores que passaram mas nunca foram. Serão sempre dores adormecidas, porém latejantes. O azedo que sinto é das minhas lágrimas não feitas de sal: de sangue. Ferro na boca. Boca calada. Solidão.

Saudades daqui e de você.
Mas tô de volta.

Beijo enorme.

Ju.

Zé Henrique disse...

Nossa. Bem íntimo o poema...
Depara com as sutiliezas das descobertas feitas quando se está só.
E isso é realmente muito importante. Faz crescer, e mais do que tudo, crava no homem a idéia de auto-conhecimento.

Gostei muito do seu blog. Voltarei aqui.

Sou amigo de faculdade da Fernanda Simões.

Um abraço.