sexta-feira, 5 de junho de 2009

o amor me merece?

as palavras despencam no pensamento
o que hei de cantar quando o fim me cumprimentar?
o som mudo do amor incontido,
a miséria do frio em pleno calor.
serei eu cega ao olhar despido,
surda ao canto da chuva na terra.
dançarei em frente o espelho, cadenciadamente olhando a felicidade forçada
refletida nas unhas vermelhas e no copo de vinho,
na cor dos lábios e o rimel nos olhos.
nada natural, tudo invocado,
proporcional ao vazio,
ao copo vazio
ao co r po vazio
à alma arredia.

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