quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

a.v.e.s.s.o

o silêncio nunca foi tão pesado
me sinto em uma estrada qualquer, rodeada de malas e com uma mochila velha nas costas
venta
o instante é dilatado todo o tempo
caminha-se muito em pensamentos
mas
de fato
não se anda mais que do quarto até a cozinha
quando eu não sei onde vou chegar
interrompo a caminhada
agi assim desde sempre
é isso?
sentir-se como seu gato
ou
como seu peixe que espera atento
que alguém se lembre de trocar sua água suja por uma limpa
sem reação
bate saudade de coisas tão bestas
talvez eu seja mesmo besta
uso e abuso de memórias que me afetam
todo pensamento chega em forma de pergunta
o fluxo de tudo se torna o mais confuso
POSSÍVEL
estou do avesso.
talvez amanhã
ou depois
algumas pessoas possam notar

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