na minha
perfeccionista memória
reprizei toda vida
ainda não estou pronta pra me livrar "dela"
adentro todas as águas
com a boca aberta à diversos sabores
avesso da pele, poros arrancados de mim denunciando cada pensamento
nasci e morri nesse instante
sou lágrima caindo no canto do sorriso no rosto sem muita expressão
ontem eu articulava com toda segurança e
risadas altas
alheia a qualquer lembrança
hoje eu acordei com as feridas abertas, semblante triste
assumi minha imagem no espelho
eu amo minhas dores e todas as culpas que carrego
já adentrei noites falando delas e indo ao encontro de qualquer caminho que me deixasse ainda pior. Mas eu também amo minha natureza, meus defeitos
espírito de luz, já sorri pisando na grama e contando estrelas
te convido a ficar em mim
me pintar uma estrela
ouvir minha voz fina
te convido a voltar-se pra mim como uma rosa única
aquela com uma cor que surpreende os olhos
ando pensando só em torno de mim
mas faço pelos outros
EU
o coração bate e me lembra que há vida
atravesso as última noites longe de mim
deito
me despeço
e só volto quando amanhece
meu exagero de sentir é tanto
que corro
grito
sufoco
queria uma sinfonia
mas só escuto violões desafinados latejando notas nos meus pensamentos
de longe eu escuto aquela canção no piano
sonhei que ganhava todas as dores do mundo
DENOVO NÃO
eu improviso uma vida
já descobri de que é feito meu coração
quero que seu perdão caia sobre mim, sem me tocar.
eu improviso uma vida
eu não sei usar sentimentos
eu sou sangue escorrendo das veias